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quarta-feira, 31 de julho de 2019

O Homem Mais Rico da História


O homem mais rico da história foi o banqueiro alemão Jakob Fugger (1459-1525), apelidado de "o rico" - chegou a acumular, ao longo da vida, uma fortuna equivalente ao que hoje seriam 400 bilhões de dólares em torno 1,2 trilhão de reais, segundo o biógrafo Greg Steinmetz. Ex-editor do Wall Street Journal, Steinmetz considera Fugger o homem mais rico da história, e foi esse o título que deu ao livro que escreveu sobre o banqueiro em 2015.


Embora muitas pessoas levantem ressalvas à comparação da riqueza em diferentes períodos históricos, de uma coisa Steinmetz se diz seguro: "Jakob Fugger foi sem dúvida o mais poderoso banqueiro de todos os tempos", disse ele à BBC Mundo, o serviço da BBC em espanhol.
Ele se baseia no período histórico em que Fugger viveu, o renascimento, na época o mundo era controlado por duas figuras: o imperador romano e o papa. E Fugger financiou os dois", diz o biógrafo. Segundo Steinmetz, nenhum banqueiro em toda a história teve tanta influência sobre o poder político como Fugger. Ele decidiu que o rei da Espanha, Carlos 1º, deveria ser o imperador de Roma e fez acontecer, fez ele vencer a eleição (chamado de Carlos 5º)", disse ele. "Carlos 5º colonizou o Novo Mundo. A história não seria a mesma se não tivesse chegado ao poder."
As razões de não ouvirmos falar de Jakob Fugger se ouvimos tanto sobre seus contemporâneos é simples, por ele ser alemão em um mundo anglófono, não se falou sobre ele. E foi isso que motivou o autor a escrever sobre o banqueiro. Mas talvez o principal motivo pelo qual poucos fora de seu país de origem conheçam a história desse homem é porque ele não era um personagem colorido, como os outros famosos citados de sua época. Ele não tentou se tornar papa nem ocupar cargos políticos. Ele não patrocinou nenhum artista renascentista. Nem construiu palácios ou templos.
Steinmetz foi chefe da sucursal do Wall Street Journal em Berlim e ouvi uma menção a Fugger, mas não consegui encontrar um único texto em inglês sobre isso", conta.
A obra mais famosa de Fugger é o Fuggerei: um projeto de habitação social que criou na cidade de Augsburg, no sul da Alemanha, e que continua conhecida porque quem vive ali paga um aluguel simbólico de US$ 1 por ano.
Como cita Steinmetz sobre a baixa notoriedade do homem sobre quem escreveu: "Os banqueiros estão acostumados a trabalhar nos bastidores". Não significa que Jakob Fugger não tenha deixado a sua marca. Na verdade, sua influência pode ser sentida até hoje, embora muitos não saibam disso.
 Como seu legado existem cinco heranças importantes desse ilustre desconhecido:


1. A primeira multinacional  
Em uma época feudal, Fugger negociou direitos a mineiros em troca de seus empréstimos e, assim, conseguiu monopolizar o comércio de cobre e prata. Também comercializou especiarias. Assim, foi um dos precursores do capitalismo.

2. Criou o primeiro serviço de notícias
Fugger sabendo que a informação é valiosa, portanto, queria acessá-la antes de seus concorrentes.
Para isso, ele pagou mensageiros para trazer informações sobre a atividade comercial e política de diferentes cidades. Seus sucessores mantiveram a tradição e criaram o Fugger Newsletters, que alguns consideram um dos primeiros jornais da história.

3. Criou formas de financiar dinheiro uadas até hojeNaquela época os Médici, por exemplo, tinham bancos, mas a Igreja Católica não permitia o pagamento de juros, por considerá-lo ganância. Fugger convenceu o papa Leão 10 (cliente seu) a suspender essa proibição e começou a oferecer uma taxa de juros de 5% ao ano para os clientes que depositavam dinheiro no seu banco de Augsburg.

4. Financiou exploradores
Fugger tinha 33 anos quando Colombo descobriu a América. Interessado ​​no potencial econômico dessas expedições, financiou a primeira viagem para a Índia. Também foi um dos financiadores da viagem ao redor do mundo de Fernão de Magalhães.

5. Acabou estimulando a Reforma Protestante
Um dos negócios que Fugger manteve com o Vaticano foi a venda de indulgências. Ele propôs uma forma de financiar a catedral de São Pedro. A metade dos rendimentos foi destinada a esse fim e a outra metade ficava com ele. Em 2017 completaram 500 anos que Martinho Lutero protestou contra o negócio, dando origem à Reforma Protestante.




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